Com tão pouco tempo para o grande final, é difícil escrever qualquer coisa que envolva a série sem derramar uma lágrima durante o desenvolvimento do texto. Então, caso essa produção fique melancólica demais, culpe as minhas lágrimas de nostalgia e de orgulho.
Falta menos de um mês para o fim de ‘Harry Potter’ e a dor é compensada com um pedaço similar de alegria. O sofrimento causado pelo término definitivo de uma saga que tanto amei, amo e eternamente amarei, é contrabalançado com o orgulho que tenho por fazer parte de uma série tão fantástica e espetacular que conquistou não somente o mundo, mas também milhares de corações, em que o significado principal da trama não é passagens vazias e obtusas, mas, sim, fundamentos morais e profundos que cada fã conservará consigo para o resto da vida: o amor e a amizade como as armas mais potentes.
Muito além da magia que aos mais ignorantes – e isso não é um xingamento – possa parecer ser o foco da saga, o amor e a amizade, juntos, nitidamente alicerça o começo de tudo: sem o amor de Lílian por Harry, hoje não haveria o Menino-Que-Sobreviveu e, consequentemente, não haveria ‘Harry Potter’. A alegria de ver que a amizade não acaba, por maiores que forem as brigas (hein, Rony e Hermione?), e só se fortalece mesmo após eventos catastróficos (que é quando se discerne quem são os seus verdadeiros amigos dos que apenas dizem que são), nos mostra que não importa se a briga é pequena ou de proporções monstruosas, mas que sempre haverá uma luz no final do túnel: a amizade, responsável pelas mais dignas conexões no mundo.
Mesmo que a nostalgia predomine pelo fim dos tempos de glória em que novidades eram anunciadas a cada ano, como um filme, uma carta ou até mesmo um comentário mais breve que fosse da grande autora J. K. Rowling, a felicidade de ver nossos meninos, outrora meras crianças que um dia receberam uma carta que prometia mostrar-lhes um lugar onde encontrariam as melhores companhias e aventuras do mundo, agora como verdadeiros homens e mulheres, gerando outras crianças, as quais vão passar pelo mesmo antro de alegria e que vão exibir os mesmos míticos brilhos nos olhos, é indescritível e sincera demais para serem transcritas em palavras, que potencialmente soariam vazias e desconexas pela exorbitante quantidade de sentimentos.
A extensão de lições repassadas pelos livros é gigantesca, e, a partir das mais marcantes em minha particularidade, posso dizer que aprendi com Harry que, mesmo quando as coisas parecem perdidas, ainda há a esperança e fé de que tudo ficará melhor, e que o tempo é o melhor caminho para a cicatrização das feridas tortuosas causadas pelas maciças pedras no caminho. Com Rony, compreendi que uma fortuna de galeões, sicles e nuques no Gringotes e a melhor vassoura do mundo não são verdadeiramente o que preciso para ser feliz. E, com Hermione, que não se encontra a definição de “amizade” em um livro; ela está lá, com você, ao seu lado, acompanhando-o eternamente. E, como fiel amigo de Harry, sei que ele também estará me acompanhando, assim como eu o acompanho, até o fim.
Escrito pelo newsposter Raphael Cunha.
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