A primeira estória da autora veio quando ela ainda tinha seis anos. 'Rabbit' (Coelho, em inglês), que conta a saga de um coelho chamado 'Coelho' recebeu vários elogios da mãe de Jo, mas só em 1990, em uma viagem de trem entre Manchester e Kings Cross, ela teria a ideia que mudaria sua vida para sempre. "Harry Potter simplesmente entrou na minha cabeça inteiramente formado", declarou tempos depois.
Foi neste mesmo ano que Anne Volant, mãe de Rowling, faleceu de esclerose múltipla, sem jamais conhecer a história do bruxinho mais famoso de todos os tempos. Um ano mais tarde, Jo mudou-se para Portugal, onde lecionaria aulas de inglês e tinha intenção de terminar o manuscrito do primeiro livro 'Harry Potter e a Pedra Filosofal'. Lá, casou-se e teve a primeira filha, Jéssica.
O casamento não deu certo e Rowling voltou para a Inglaterra, desta vez foi morar em Edimburgo com a irmã e deu prosseguimento ao livro. Neste tempo, passava grande parte do dia em no Café Nicolson, escrevendo.
Livros
Em 26 de junho de 1997, chegava às livrarias de todo Reino Unido o primeiro livro escrito por J. K Rowling. Mas a trajetória para publicação não foi tão simples assim.
Após ser rejeitada por 12 editoras, Joanne recebeu uma proposta da Bloomsburry, que também sugeriu uma abreviação no nome, para não afastar leitores do sexo masculino. Não tendo nome do meio, ela optou por homenagear a avó e passou a assinar Kathleen.
Um ano mais tarde, quando Harry Potter e a Câmara Secreta foi publicado, o livro tornou-se número 1 na lista de bestsellers adulto de capa dura. O feito continuou. Prisioneiro de Azkaban figurou como primeiríssimo por quatro semanas e Cálice de Fogo quebrou todos os recordes para o número de livros mais vendidos no primeiro dia de publicação na Inglaterra. Na época, parte do dinheiro ganho com as vendas era doado à Volant Trust, entidade que apoiava projetos sociais com foco em problemas de mulheres e crianças.
Em 2001, Rowling lançou mais dois livros adicionais sobre o universo de Harry Potter:Animais Fantásticos e Onde Habitam e Quadribol Através dos Séculos, que juntos, levantaram mais de 17 milhões para a caridade.
Harry Potter e a Ordem da Fênix, lançado em 2003, ganhou título de livro mais rapidamente vendido da história. Recorde que também foi batido por Enigma do Príncipe.
O último livro da saga que encerra a estória do bruxinho amado por diversas gerações, foi publicado em 21 de julho de 2007. Mesmo ano em que Rowling fez sete cópias a mão de 'Os Contos de Beedle, o bardo'. Seis delas foram dadas e uma vendida em leilão, arrecadando mais 1,95 milhões, que também foram doados.
Filmes
O primeiro filme, baseado em Pedra Filosofal, chegou aos cinemas em novembro de 2001 e arrecadou mais de 970 milhões de dólares, seguido de Câmara Secreta (2002), que lucrou $ 870 milhões.
Assim como os livros, o filmes também fizeram grande sucesso entre os fãs e arrecadaram milhões em bilheteria. Em 2011, Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2, bateu todos os recordes dos anteriores ao lucrar 1 bilhão.
Um ano mais tarde, a Warner Bros., responsável pela produção dos filmes, abriu oficialmente a Warner Bros Studio Tour London, set de filmagens, onde os fãs podem ver cenários e fantasias. Além disso, foi criado também o The Wizarding World of Harry Potter.
Pós Harry Potter
Desde que concluiu os livros da saga Harry Potter, Rowling se dedicou a trabalhos mais adultos. A exemplo dos livros Morte Súbita, O Chamado do Cuco, O Bicho da Seda e Vocação para o Mal (os três últimos, escritos sob pseudônimo de Robert Galbraith).
Agora, a autora é roteirista dos filmes de Animais Fantásticos, que se passa em uma época anterior a de Harry Potter e está sendo transformado numa série de cinco filmes.
Vale lembrar que Rowling também é cofundadora da Lumos, instituição de caridade que apoia o fim dos orfanatos em favor de sistemas mais sustentáveis e benéficos às crianças em desvantagem social e da clínica Anne Rowling, que cuida de pacientes com esclerose múltipla e outras doenças degenerativas.
No ano passado, o nome de Joanne foi retirado da lista de bilionários da Forbes, segundo o site True Activist, o motivo foi que a autora teria doado, pelo menos, 160 milhões de dólares para a caridade.